Após uma eleição marcada por denúncias de fraude, o governo moçambicano responde com repressão brutal aos protestos populares. Dois jovens moçambicanos no Brasil falam sobre a realidade política e social no país.

Foto: Protestos em Moçambique (Youtube/Reprodução)

Moçambique enfrenta um momento de crise política e social desencadeado pelas eleições de 9 de outubro de 2024. Marcado por alegações de fraude eleitoral, o resultado oficialmente anunciado manteve o partido FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) no poder, supostamente com 70% dos votos, apesar do forte apoio popular a Venâncio Mondlane, candidato da oposição. A FRELIMO, que governa o país desde a independência em 1975, foi acusada de manipular os resultados, o que levou à revolta popular e a protestos por todo o país. A resposta do governo tem sido uma repressão intensa e violenta contra os manifestantes, com relatos de mortes e feridos.

Nesta entrevista exclusiva para a Revista Movimento, conversamos com Júnior Rafael e Farida Sequeteiro, jovens moçambicanos residentes no Brasil e estudantes de pós-graduação em Comunicação na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Júnior e Farida relatam a repressão policial, a censura nos meios de comunicação e a deterioração das condições econômicas e sociais em Moçambique, que motivam os jovens a lutar contra o governo.

 

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